No mapa de Peutinger o Império Romano é descrito por suas interconexões (um mapa de estradas), sua forma linear é reflexo da noção de linearidade das estradas que conectam o Império. Neste fragmento, Roma está à esquerda, a África embaixo e a Europa no topo, no canto direito podemos ver a “bota” da Itália e a “bola” siciliana, o corpo de água é o Mar Mediterrâneo. Esses “fluxos no interior do Império não se identificam com um traçado único: cada estrada é uma corda que vibra, tensionada, retificada quando o trânsito é intenso e afrouxada e semperteada nas áreas de pouca atividade” (CHAVALIER Apud. ATTALI, 2001b: 21, tradução nossa), nesse sentido, o fluxo implica uma velocidade relativa.

O que se destaca no “sistema romano” é justamente a rede. “[…] organizou todo o mundo habitado como se tratasse-se de uma mesma casa” (ARISTIDE Apud. Ibidem: 22, tradução nossa). O continuum provocado pela globalização estabelece a dinâmica de proliferação das cidades sob uma mesma ordem, formatadas pelo mesmo modelo genérico.