É explicativo o exemplo que Sandra Buck-Morss (2002) nos apresenta, pontuando a diferenciação entre símbolo e alegoria, em que o símbolo vincula-se à uma significação específica e perene, como o amor ideal encarnado na imagem de afrodite; enquanto a alegoria, por sua vez, contém em si a própria temporalidade terrena, transitória e decadente, a beleza como representação da vaidade humana. É sob essas formas que sobrevive a antiguidade clássica na era cristã, desligada de sua divindade, sua existência como ídolo, oscila entre suas partes.