Fotos dos monumentos de Passaic, e fotos de diferentes subúrbios fantasmas na China. Tudo nesses registros é diferente, o meio técnico, a qualidade dos objetos fotografados. As fotos de Smithson parecem conter a própria entropia por ele comentada no texto, os grãos largos da fotografia preto e branca e a relação desses monumentos construtivos com a natureza confundem o que ‘'invade'' o que. Se a natureza de Passaic está submetida à ação do homem, a natureza nas fotos de Caemmerer parece falsa ou inexistente. Distanciadas no tempo e no espaço esses registros guardam uma semelhança que se expressa precisamente na ideia de monumento: nas fotos de Smithson são moradas de um futuro esquecido em um lugar em que não há passado, esses subúrbios são para ele uma experiência de tempo, uma experiência do futuro, “a paisagem marciana”. Essa ideia veste perfeitamente as fotografias de Kai Caemmerer, e é algo similar que o fotógrafo busca expressar em sua série Unborn cities: um futuro que inverte a qualidade tradicional da fotografia, de ser fragmento do passado. Enfim, experiências suburbanas do futuro.