A Arquitetura Moderna morreu em St. Louis, Missouri em 15 de Julho de 1972 às 15:32 (em torno de) quando o infame conjunto Pruitt-Igoe, ou melhor vários de seus blocos, receberam o derradeiro golpe de graça por dinamites. Antes foi vandalizado, mutilado e desfigurado por seus habitantes negros, e ainda que milhões de dólares tenham sido investidos, tentando mantê-lo vivo (consertando os elevadores quebrados, reparando as janelas amassadas, refazendo a pintura), foi finalmente arrancado de sua miséria. Boom, boom, boom (JENKS, 1996: 469, grifo do autor, tradução nossa).

Os 33 prédios do conjunto habitacional inaugurado em 1956 tornaram-se um símbolo do projeto falido da modernidade, no que é tocante ao planejamento do espaço. 20 anos depois, o sonho da habitação social seria demolido em rede nacional. A imagem da demolição repetida over and over, um evento comungado, “sincronização das emoções”, o aborto coletivo de um futuro marcado pelo espaço racionalizado sob os preceitos universais do modernismo.

Mais conhecido por sua destruição do que qualquer outra coisa, o Pruitt-Igoe não deixou ruínas, hoje toda área ocupada pelo projeto é um campo vazio na cidade de St. Louis. E se a demolição televisionada destes edifícios significou o fim da Arquitetura Moderna, poderíamos supor que o fim da Arquitetura Pós-Moderna, se é que é possível elaborar este fim, seria marcado pelo ataque ao World Trade Center, significativamente mais intenso em termos de sua circulação imagética global.

Coincidentemente de autoria do mesmo arquiteto: Minoru Yamasaki.